Tudo que acontece

Tudo que acontece ultimamente se resume a: depressão, tristeza e ansiedade! Minha vida está um turbilhão de tudo isso e parece que quanto mais eu tento sair dessa mais fundo eu vou entrando no problema. É como se eu estivesse me afogando e alguém vem me salvar (no caso esse alguém sou eu mesma) e em vez de eu me ajudar acabo por me afundar mais ainda e afundar a ajuda junto. É assustador tudo isso. A ansiedade é mais latente, porém a tristeza está enraizada de tal forma que parece que não vai nunca mais sair. Todo o dia e o tempo todo eu sinto vontade de chorar, de sumir, de ficar só, mas ao mesmo tempo de gritar por socorro, de ter um ombro amigo, alguém que esteja ao mesmo lado e segure a minha mão e diga estou aqui pra te socorrer, pode se apoiar em mim que não te deixarei afogar. Alguém que se esforce pra me fazer sorrir. Infelizmente isso não está acontecendo e não posso culpar ninguém. A vida é o que é, as pessoas estão todas ocupadas com as suas próprias dores e eu também estou tão afundada nas minhas que talvez nem esteja vendo o que está acontecendo de fato a minha volta e muito menos se eu seria capaz de ajudar alguém que esteja tão pior do que eu. Me sinto egoísta muitas vezes, por focar tão na minha tristeza, tanto na minha dor que não percebo a dor do próximo. Eu já não sei como agir, o que fazer, a quem recorrer. Só sei que a cada dia é um passo que dou pra solidão.  Não sei se deveria estar escrevendo isso, falam que palavras atraem, porém eu acho que escrever alivia um pouco toda essa carga que carrego no peito. Essa carga que teima em ser mais pesada quando alguém entra na minha vida, quando eu insisto em querer manter ao meu lado pessoas que não querem estar ao meu lado, e sinceramente, isso parece ser um ciclo sem fim. Toda vez é a mesma história, as mesmas dores, os mesmos percalços. Eu tenho certeza que estou errando em alguma coisa, mas não sei onde e nem sei como sair disso. Minha terapeuta diz que tudo isso é a depressão, a ansiedade e o pensamento acelerado que tomaram conta de mim. Acredito nela, só não estou conseguindo acreditar que tudo isso irá passar. Quero ter fé nisso, quero mesmo, quero acreditar que poderei ser mais leve, sentir mais alegrias, aprender a lidar com as tristezas e os problemas, saber amar, mas a única coisa que eu sinto e que me passa pela cabeça que no amanhã eu não terei conseguido e que minha vida vai se esvair a qualquer instante e sinceramente, isso é assustador demais. Se você está lendo isso, eu só pelo uma coisa: ore pra que eu possa ler isso aqui amanhã e rir de tudo isso e não chorar mais. 

O que há no fundo do poço...

Estou caminhando para o precipício... Na verdade já me sinto em um, onde não é possível ver o fim, onde tudo é escuro, gelado e triste. Tento gritar por socorro, mas não consigo, não consigo respirar, não consigo levantar, estou caída e sem forças, há uma venda em meus olhos que não me permite enxergar a fresta de luz que existe no topo do precipício no qual eu caí. Estou com tanto medo. Um medo profundo de que nunca mais saia desse buraco. Buraco cheio de tristezas em que me enfiei. Deixei que as coisas acontecessem, deixei uma brecha do meu coração aberta e tudo foi invadido, destruído, machucado. Está tudo ferido. Não sei o que fazer para sair disso. Sei que Deus em sua misericórdia, está pronto pra me socorrer, mas não tenho forças pra ter fé. Tudo que eu sentia, acreditava, tudo que eu era, ficou lá trás, ficou preso a quem não soube enxergar os estragos que estava fazendo. Não posso culpar ninguém, somente eu mesma. Eu, a descuidada, a tola e inocente. Que acreditou estar vivendo em um mundo inexistente. E agora, bem, agora não consigo respirar, viver, não consigo pedir ajuda, acabou a força, a vontade. Tudo que você vê hoje é apenas o casco, por dentro está oco. Por dentro só existe dor. É fácil se enganar com o que há por fora, porém o que conta é como está dentro e dentro de mim só existe sentimentos inrreconheciveis, uma pessoa que eu não sei quem é. Hoje eu não me sinto inteira, não me sinto feliz. E penso em qual é o objetivo de tudo, da minha existência, de sentir tanto, de querer tanto e ao mesmo tempo nada. De não ser capaz de ser amiga, amante, mulher, filha, enfim, ser. Não sei o que me resta, não sei o que será do amanhã. Só digo que o hoje, já não existe mais, apenas as palavras que eu precisava tirar de dentro de mim antes que me sufocassem de vez.